segunda-feira, 3 de agosto de 2009

3 de agosto de 2008 - Mais uma alusão à Convicção


Os passos seguintes surgem logo que os anteriores são dados. Eu não preciso saber dos vindouros, só preciso dar os passos que consigo. A isso alguns chamam fé. Eu dou esses passos na medida do mundo que alcanço, na medida dos sentimentos que descobrem as formas e texturas. Não pude olhar sempre nos olhos, e nem por isso fui covarde. A coragem fraquejou e me adaptei ao modo de mantê-la. Não tive crenças que me sustentassem por algumas tempestades, e por vezes parei de tentar guiar o barco porque já não tinha forças, e o vento botava tudo a perder; no dia seguinte o céu se abria sem nuvens. Não cumpri todas as promessas, e esse é o ponto onde a compreensão dos princípios passa pela experiência. Eles não podem acontecer separados, é no dia-a-dia que eles existem, e no dia-a-dia são escritos, eu encontro eles quando os leio em momentos oportunos, porque senão não cabem.
As coisas têm de caber não é verdade? A vida trata de desfazer os imperativos, afunda Titanics e desfaz atos de proporções alexandrinas. Algo atravessa isso tudo, e vamos entendendo isso na medida em que temos motivos para entender. Buscamos algo, e no limiar do século XX chegamos ao ponto de dizer, com certeza na voz, que o arbítrio é gratuito, que as coisas são todas eventuais. Tenho motivos pessoais agora, os quais não conseguiria provar, nem o quero, para crer que saímos no mundo à caça de motivos. Estamos, depois de vivermos tanto tempo na modernidade inaugurada em torno de Baudelaire, onde um dos prazeres da arte consiste em quebrar os paradigmas, à caça de algo que não devia ser quebrado. Essa curiosidade deve ter algum limite.
O texto que coloco aqui em seguida, na proposta que faço, deve servir não para o que ele mesmo diz com cada palavra, mas o que ele nos diz quando o lemos em meio ao tráfego de nossas vidas. O que ele deixa passar, o que perdeu, o que ganhou, o que conseguiu. A minha proposta é sermos mais porque o questionamento da CONVICÇÃO ganha novos terrenos!

Sávio

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