segunda-feira, 16 de agosto de 2010

16 de agosto de 2010 - Do movimento estudantil brasileiro

Caros 1 ou 2 leitores, estranha semelhança com o movimento estudantil que vejo em Goiânia, mas penso ser semelhante no resto do Brasil.

Outra piada... (sobre o movimento estudantil brasileiro)

Um revolucionário bolchevista estava falando de cima de um caixote para uma pequena multidão em Times Square, NY. Após descrever as maravilhas do socialismo e do comunismo, ele disse: "- A revolução virá, e todos comerão pêssegos em calda com creme de leite." Um velhinho que estava na parte de trás da multidão gritou: "- Eu não gosto de pêssegos em calda com creme de leite." O bolchevista refletiu por alguns instantes e então respondeu: "- A revolução virá, camarada, e você aprenderá a gostar de pêssegos em calda com creme de leite."
Autor desconhecido, contada por G. Edward Griffin

fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/eleicoes-2010/11332-eleicoes-no-brasil-uma-piada.html

16 de agosto de 2010 - Da política brasileira

Acho que a citação fala por si...

Uma piada! (sobre a política brasileira)

Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa, nada de novo na Marinha Mercante britânica. O navio fedia! O Capitão chama o Imediato e diz - Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa! - Responde o Imediato: Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz: - Sailors, o Capitão está se queixando do fedor e manda vocês trocarem de roupa. David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan, e assim prosseguiu. Quando todos tinham feito as devidas trocas dirige-se ao Capitão e diz - Sir, todos já trocaram de roupa. O Capitão, visivelmente aliviado manda prosseguir a viagem.

É isto que se repetirá no próximo outubro: a política brasileira fede! E nada vai mudar de verdade, apenas trocarão a roupa uns com os outros. E assim sempre foi, desde a 'redemocratização' que somos chamados - chamados não, obrigados por esta lei idiota do voto obrigatório - a referendar qual dos idênticos entre si vai nos governar.

fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/eleicoes-2010/11332-eleicoes-no-brasil-uma-piada.html

domingo, 15 de agosto de 2010

15 de agosto de 2010 - Das metáforas



O coração de um ser humano talvez seja a única coisa importante para sua vida, tanto assim é que os caminhos turvam-se tão logo essa parte de nós não encontre sentido no que se faz. O próprio entendimento se baseia nessa peça fundamental, e ele talvez limitando, ou talvez abrindo, promove a luta corporal com a vida, onde cada peça é eterna e instauradora de novas ordens.

Das metáforas - Robert Musil


Pensemos, por exemplo, nos grandes escritores. Podemos orientar a nossa vida por eles, mas não podemos extrair das suas obras o elixir da vida. Eles deram uma forma tão rígida àquilo que os moveu que tudo isso está ali, mesmo nas entrelinhas, como metal laminado. Mas, que disseram eles na verdade? Ninguém sabe. Eles próprios nunca o souberam explicar cabalmente. São como um campo sobre o qual voam as abelhas; e ao mesmo tempo, eles são esse próprio voo. Os seus pensamentos e sentimentos assumem toda a escala da transição entre verdades ou erros que, se necessário, podem ser demonstrados, e seres mutáveis que se aproximam ou afastam de nós quando os queremos observar.
É impossível destacar o pensamento de um livro da página que o encerra. Acena-nos como o rosto de alguém que passa rapidamente por nós, numa fila com outros rostos, e por um instante surge carregado de sentido. Estou outra vez a exagerar um pouco. Mas agora queria perguntar-lhe: que coisa acontece na nossa vida que não seja aquilo que acabo de descrever? Não falo das impressões mais exactas, mensuráveis e definíveis; todos os outros conceitos em que baseamos a nossa vida não passam de metáforas que ficaram cristalizadas. Entre quantas ideias não oscila e paira um conceito tão simples como o da virilidade? E como um sopro que muda de forma a cada respiração, e nada é estável, nenhuma impressão, nenhuma ordem. Se, como eu disse, pomos de lado na literatura aquilo que não nos convém, tudo o que fazemos é reconstituir o estado original da vida.

Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

12 de agosto de 2010 - Do Poder


Diria que é perigoso o poder; mas se me perguntassem mais eu diria que não o poder, mas as pessoas. No fim é um questionamento lamentoso de poder, amargura do mal que surge com necessidades invisíveis, como as vírgulas para o fôlego, ou como os motivos para as vírgulas, ou ainda como as respostas pra isso, que surgem como abelhas numa colméia.

Essas circunstâncias que deixam a impressão do perigo no poder (nós as percebemos), porque algo em nós grita que nós também compartilhamos do potencial da tirania. Nesse momento, eu apontaria, tentando apontar a paz, para o silêncio.

da separação - Nietzsche

O crescimento da comunidade frutifica no indivíduo um interesse novo que o aparta da sua pena pessoal, da sua aversão à sua própria pessoa. Todos os doentes aspiram instintivamente a organizar-se em rebanhos, o sacerdote ascético adivinha este instinto e alenta-os onde quer que haja rebanhos, o instinto de fraqueza forma-os, a habilidade do sacerdote organiza-os. Não nos enganemos: os fortes aspiram a separar-se e os fracos a unir-se; se os primeiros se reúnem, é para uma acção agressiva comum, que repugna muito à consciência de cada qual; pelo contrário, os últimos unem-se pelo prazer que acham em unir-se; porque isto satisfaz o seu instinto, assim como irrita o instinto dos fortes. Toda a oligarquia envolve o desejo da tirania; treme continuamente por causa do esforço que cada um dos indivíduos tem que fazer para dominar este desejo.

Friedrich Nietzsche, in 'Genealogia da Moral'