"trate-se então, para o homem, de ser um morto-vivo, e é mesmo essa capacidade de morte que é a base de sua liberdade, enquanto que esta consiste na possibilidade de negar a determinação natural. É isto que explica que a liberdade esteja essencialmente ligada ao Terror, pois "a única obra e realização da liberdade universal é a morte". Se a ordem humana não advém senão pela negação da liberdade, podemos então afirmar, como Kojève, que "o homem não é simplesmente mortal; é a encarnação da morte; é sua própria morte"; o que implica que o ser do homem "se manifesta como um suicídio postergado".
Françoise Dastur in 'A Morte'
Françoise Dastur in 'A Morte'
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